”Nunca me senti em casa no mundo real. Não sabia como me conectar com as pessoas. Tive medo a minha vida inteira”.
Você já ouviu falar em realidade virtual (RV)? E em realidade aumentada (RA)? Esses termos já estão ficando bem comuns no cinema. É possível ver realidade aumentada, por exemplo, na armadura mais moderna do Homem de Ferro, e realidade virtual no filme O jogador n° 1 (2018), de Spielberg. Esse longa-metragem, por sua vez, é um bom exemplo para trazer à tona a reflexão sobre como será o futuro, como será a realidade daqui a cinco ou dez anos, já que se fala muito em “futurismo”, inteligência artificial, robótica. O futuro ainda traz muitas incógnitas e incertezas, mas o futurismo é, de fato, uma realidade, uma certeza.
Mas antes de adentrar no tema central deste texto, faz-se necessário conhecer um pouco sobre RV e RA. A realidade aumentada é uma tecnologia que permite trazer elementos do mundo virtual para o real, quase uma viagem no tempo, mas no presente; enquanto a realidade virtual permite um mergulho num ambiente tridimensional por meio de acessórios de RV. Já o futurismo pós-moderno é um conceito que envolve diversas dimensões, como, internet das coisas, realidades virtual e aumentada, I.A, trans-humanismo, que é a interação ou relacionamento de um humano com um robô ou com algo “virtualmente estável”.
Real X Virtual
N’O jogador n° 1, é possível perceber que a realidade real e a virtual se misturam. Em ambas o tempo é o agora, não há viagem no tempo, mas há outra identidade, outra possibilidade de existência, mais interativa, mais fácil de acesso e locomoção. Uma realidade fantasiada? Uma realidade não real? Uma fuga da realidade? E é justamente fugir da realidade que o protagonista do longa de ficção científica quer.
Assim como muitos jovens, o órfão Wade quer apenas fugir da realidade e se esconder atrás de algo que ele goste e que gere aceitação social. Ele encontra isso tudo no jogo Oasis, um tipo de jogo que lança mão de realidade virtual, gamificação, interação social etc. Na época retratada pelo filme, grande parte das pessoas prefere viver no mundo virtual do Oasis, que fora criado por Halliday, que morre, mas antes deixa uma gravação em que ele dá dicas de como encontrar três chaves dentro do jogo e vencer o desafio, cujo prêmio é ganhar como herança a empresa de Halliday.
“O limite da realidade é a sua própria imaginação”.
É neste viés de criatividade que segue o filme de Spielberg, lembrando que o filme é uma adaptação do livro homônimo de Ernest Cline, e que também o diretor já é extremamente conhecido por seus insights futuristas, como os de I.A – Inteligência Artificial (2001) e Minority Report: a nova lei (2002). O filme segue com a caça às chaves escondidas em meio a inúmeros easter eggs, que misturam a realidade de outros jogos, filmes e até músicas, como a recriação de Nos embalos de sábado à noite (1997). Entretanto, o que era para ser um jogo divertido vira um jogo tão real e envolve vilões com objetivos bem contrários ao de Wade, que passa a jogar entre a vida e a morte, literalmente.
Enfim, com um final bem interessante, o filme é visto por muitos como um simulacro do que será a realidade dos próximos anos e por outros como algo que traz uma tecnologia que cairá no esquecimento, para dar lugar à realidade aumentada. O futuro dessas “realidades” nós ainda não sabemos, o que a gente sabe e que devemos refletir é até que ponto é o limite da realidade. Qual é a nossa identidade real e a nossa identidade virtual? Será que o mundo virtual está projetando mais personagens como o Duas caras?
Quem é você no mundo virtual?
Por Michele Souza
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